quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Para quem combinar algo comigo...

Eu venho de uma geração em que a palavra tem muito valor, sempre que alguém me diz não eu passo a confiar naquela pessoa, o “não” é uma virtude em dias de suprema hipocrisia. Quando eu era criança meu pai combinou com toda família de irmos fazer um piquenique passaríamos na casa de uma outra família amiga no domingo às oito horas da manhã, meu pai era muito amigo do pai da outra família, e lá estávamos com a Kombi branca, uma lona gigante, isopor com refrigerante, cerveja e suco. Bolo, salgadinho enfim... o dia seria perfeito! Teria uma cachoeira e eu nunca tinha visto uma estava ansioso! Chegamos a casa deste “amigo” buzinamos e nada. Ninguém estava em casa... (...) depois de quase meia hora de espera uma vizinha veio avisar: “ele mandou avisar que foi pra praia e pediu desculpas”.
Fomos a um restaurante, pois clima para o piquenique não mais havia, lembro que meu pai disse: “com esse cara eu nunca mais combino nada!” e meu pai teve palavra! Não só nunca mais combinou como afastou tal “amigo” do circulo de amizades.
Nesse dia eu fiquei triste por não ter ido a tal cachoeira, mas aprendi uma lição importante: palavra é compromisso! Não existe na face da terra criatura mais desprezível que o famoso “bonzinho, educadinho e covarde”, esse sempre diz sim, pois tem medo de dizer não, mas nunca cumpre o prometido e deixa todo mundo na mão. (até rimou). Aprender a dizer “não” é uma virtude!

Cleiton Profeta