quinta-feira, 29 de setembro de 2011

11 - Cabras Pastando



CIRCUS MUSICALIS 10 ANOS
Gravado Ao Vivo no SESC Joinville - 29/05/2011

CABRAS PASTANDO
(Sérgio Sampaio)

Eu tenho um dom de causar conseqüências
Um ar de criar evidências
Um sapato novo no lixo
Vem cá, vem me lembrar
Que eu venho de um bando de cabras pastando
De um ninho de cobras me olhando
De herói, de poeta e bandido
Eu vejo um simples carneiro no pasto
Cachorros latindo pra lua
E eu distraído e sem medo
Indo pela rua
Em tempo de ver os cordeiros que pastam
Que amam fechados nos quartos
E pagam pecados a Deus


Voz e violão: Vagner Magalhães
Violão 12: Cleiton Profeta
Guitarra: Marcelo Rizzatti
Bateria: Rafael Vieira
Baixo: Fábio Cabelo


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10 - O Diário do hippie/ Um Bilhete pra Didi



CIRCUS MUSICALIS 10 ANOS
Gravado Ao Vivo no SESC Joinville - 29/05/2011

O DIÁRIO DO HIPPIE/
(Cleiton Profeta)
*texto de Oswaldo Montenegro

"O meu nome é João da Serra
e ói que vim lá do nordeste
vim correndo pra essas terras
vim fugido do agreste
vim de coração aberto
com esperança no sudeste
quando fui chegando perto:
"sai daqui cabra da peste"

Eu não entendo como pode tanto estado
nesse estado estupefato da federação
De trampo em trampo eu subi caatinga na cantiga
com um pé na frente e no bolso a mão

A outra mão eu abanei pro moço
que eu ouvia na televisão
era "Velos..." a favor do vendo
com o lenço e o documento
e cinco dedos em cada mão

Micróbio brabo é sangue ruim na veia
comi galinha em dia de natal
segunda-feira decretava feriado
lado a lado, bajulado
meu amigo é o carnaval

Deu sete dias eu cheguei em casa
assoviei contente ela sorriu
curei ressaca com um café bem quente
fui tocando em frente
fé na tábua por esse Brasil...


"Perdi minha cabeça ainda moço
fui parar assim de repente
no sertão de Mato Grosso
transformado em "capitá"
cheguei lá me deu um troço
tive vontade de voltar
mas aguentei e roí o osso
e até hoje eu não entendo
porque bom cabrito berra
e eu não consegui berrar"

Na catequese quando eu mostrei os dentes
pra lembrar como se reza
o padre disse: "eu era o cão"
mordi o osso, abanei o rabo
balancei pro Rex I'm not no cachorro não

I'm not no cachorro não
I'm not no cachorro não
I'm not no cachorro não
I'm not no cachorro não


Mil badulaques eu vendi na feira
driblei Conurb, camelô e fiscal
Marijuana, macramé, pulseira peruana
Porcelana, bibelô, conhaque, frio, to mal

Maluco doido, é beleza pura
torresmo frito, macarrão com atum
parti em dois, agora to sozinho
ela ficou no ninho
na volta vou fabricar mais um

"Eu senti tristeza rara e fui bater no Paraná
pois ninguém me olhou na cara e eu fugi também de lá
fui pro Rio de Janeiro pra tomar banho de mar,
acenei pra um companheiro e ele quis foi me assaltar
eu aí franzi o centro: é melhor tomar cuidado,
se eu lhe der tudo o que tenho vais ficar endividado...
Ele disse: "vai te embora paraíba desgraçado,
não suporto e boto fora, nordestino, preto e viado"
Fui me embora pro serrado pra falar com o presidente
ele tava ocupado, eu gritei que era urgente
ele disse: "seu menino, o meu cargo é coisa quente
eu também sou nordestino, mas não há chance pra gente"
Pois voltei pra cá de novo, pois preciso trabalhar
num prédio maravilhoso que dá gosto só de olhar
com amor e sacrifício ponho o tijolo no lugar
construindo um edifício onde eu nunca vou morar"


Voz e violão: Vagner Magalhães
Violão 12: Cleiton Profeta
Baixo: Fábio Cabelo
Guitarra: Marcelo Rizzatti
Bateria: Rafael Vieira
Locução: Oswaldo Montenegro

UM BILHETE PRA DIDI
(Jorginho Gomes)

instrumental

Violão 12: Cleiton Profeta
Violão: Fábio Cabelo
Baixo: Marcelo Rizzatti
Bateria: Rafael Vieira
Percussão: Vagner Magalhães e Muriel Szym


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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

09 - Hippie Industrial



CIRCUS MUSICALIS 10 ANOS
Gravado Ao Vivo no SESC Joinville - 29/05/2011

AO TEMPO (TEXTO)
(Cleiton Profeta)

Num caminho já traçado, todos seguem
no contínuo compasso binário do relógio
A cada passo, a cada segundo não estamos mais
cada um com a sua procura
Em cada esquina refletida na memória
traços já vividos moldados pelo tempo
A grande estrela que tudo transforma:
silêncio em música
ausência em saudade
estrada em destino
e tudo passa, tudo passa, e passa, e passa
passa...

Voz: Cleiton Profeta

HIPPIE INDUSTRIAL
(Cleiton Profeta)

E o tempo passou, passou, passou...
E eu fiquei vidrado na janela olhando p'rela
Sem querer saber que ela era minha novela

Hippie Industrial olha a televisâo
Hippie Industrial não pisa com o pé no chão

Eu tento perceber porque o tempo
nos remove desse instante do presente
que acontece sem descanso e apressado
a girar com a cabeça sem pescoço
e todo velho já foi moço
ainda que não vá lembrar


Voz: Vagner Magalhães
Violão 12: Cleiton Profeta
Baixo: Fábio Cabelo
Guitarra: Marcelo Rizzatti
Bateria: Rafael Vieira
Vídeo: Cleiton Profeta e Muriel Szym

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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

08 - Sobre o Tempo



CIRCUS MUSICALIS 10 ANOS
Gravado Ao Vivo no SESC Joinville - 29/05/2011

SOBRE O TEMPO
(Cleiton Profeta/ Paulinho Dias)

Essa história é mais velha que o tempo
Eu me lembro, eu achava tudo igual
Se agora eu nem sei qual é a hora
Muito menos desconfio se é normal

Tudo isso já passou e o meu peito
Guarda apenas o esboço de um cantor
Se agora eu nem sei qual é a hora
Pelo menos reconheço seu valor

Ah! Sujeito estranho é o tempo
Que às vezes ameaça até parar
Outra hora acelera e vai embora
Mas nunca, nunca quer voltar

É claro que valeram a pena
As aventuras pela estrada
Sorrisos pela manhã
Estrelas de madrugada
É claro que valeram as pessoas,
os lugares, e suas histórias.

Se não queres vir comigo
Permita que vá seu beijo
Se não queres vir comigo morena
Permita que vá seu beijo.


Voz: Vagner Magalhães
Violão 12: Cleiton Profeta
Baixo: Fábio Cabelo
Guitarra: Marcelo Rizzatti
Bateria: Rafael Vieira
Vídeo: Cleiton Profeta e Muriel Szym

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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

07 - Ao Tempo


CIRCUS MUSICALIS 10 ANOS
Gravado Ao Vivo no SESC Joinville - 29/05/2011

AO TEMPO
(Cleiton Profeta)

Solto ao tempo
Driblando o vento do destino
Com os olhos
Assombrados de um menino
E qual era a cor
Quando a noite escondia
No baú da dor
A mais linda poesia
E como eram mesmo aqueles tempos?
E como eram mesmo aqueles tempos?


Voz: Vagner Magalhães
Violão 12: Cleiton Profeta
Baixo: Fábio Cabelo
Guitarra: Marcelo Rizzatti
Bateria: Rafael Vieira
Vídeo: Cleiton Profeta e Muriel Szym

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