sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Cultura...


  A cultura de um povo é formada por uma série de invenções, delírios, costumes e tradições que para esse povo são sólidas e verdadeiras, por mais absurdas que possam parecer!
  Em que ano estamos? Um Chinês diria: "ano 4710". Você ama sua esposa? Um Sheik Árabe responderia: "amo todas as 27 esposas que tenho!" Confusão seria para ele se a lei árabe fosse como a de Hong Kong, pois lá uma mulher traída pode legalmente matar seu marido adúltero, mas deve fazê-lo apenas com suas mãos. Em contrapartida, a mulher adúltera pode ser morta de qualquer outra maneira pelo marido. Como a ideia da liberdade da mulher é algo historicamente recente é comum vermos muito machismo nas culturas, no cristianismo não existe mais a necessidade da virgindade e o vestido branco perdeu o sentido original, porém, na cultura cigana a virgindade é imprescindível, ciganos têm uma moral conservadora e casam-se cedo, muitas vezes em acordos firmados entre famílias, nenhuma mulher pode sequer mostrar as pernas, daí a imposição das saias compridas e rodadas. Falando em virgindade, no Guam: há homens cujo emprego em tempo integral é viajar pelo país e deflorar virgens, que os pagam pelo privilégio de ter sexo pela primeira vez. Isso porque pelas leis de lá, é proibido virgens se casarem. Não faz muito tempo no Afeganistão era permitido jogar pedras publicamente em mulheres que tenham tido sexo fora do casamento... Casamento inclusive é uma das invenções que nunca deram certo em cultura alguma! Aqui no Brasil que possui a herança cristã da monogamia (e da hipocrisia), primordialmente a esposa era propriedade do marido, por isso ela é quem muda o sobrenome, ela então ficava em casa cuidando do lar e dos filhos e os maridos podiam farrear com prostitutas a vontade, mulher desquitada era como puta! Seguindo o padre que dizia que o que deus une o homem não separa o divórcio era um tabu maior que o aborto e a pena de morte são hoje em dia! Porém agora, ao menos por aqui, as mulheres conquistaram sua liberdade e a cada ano o número de divórcios aumenta e a média dos casamentos duram menos, e a sociedade e a igreja é claro, acabaram se adaptando. No tempo da minha avó já haviam casamentos de viúvas (mesmo que raros), porém nem ousavam usar um vestido branco... 
Mudar e usar a natureza sempre fez parte da cultura dos povos, por isso seres humanos que são poligâmicos por natureza, forçam uma monogamia e hoje é comum convidar para o aniversário o ex-marido da ex-esposa que hoje está casada com o ex-cunhado do ex-namorado da ex... bom, acho que deu pra entender! Enquanto isso no Zimbábue um marido ameaçou se divorciar da mulher que havia comido o peito e a coxa de um frango, pois a tradição diz que as mulheres devem deixar para os homens a partes "nobres" da ave. Já no Líbano os homens podem legalmente ter relações sexuais com animais, desde que sejam fêmeas. Se tiver relações sexuais com machos são punidos com a morte, por isso é muito importante desde cedo aprender a reconhecer o sexo dos animais, a diferença entre uma cabra e um bode, entre um galo e uma galinha... Enquanto essa suruba zoofilista é permitida no Líbano, no Egito a TV não mostra sequer um beijo, pois em público os beijos entre casais são severamente proibidos. Porém, enquanto é proibido o beijo entre casais, para não despertar "imaginações impuras", é comum o beijo entre os homens: três beijinhos na face, às vezes bem molhados... Mas esses beijos entre os homens não chegam a causar a mesma estranheza no Ocidente como aqueles beijos na boca de antigos figurões soviéticos.
  As moças egípcias, em princípio, casam virgens. Não é permitido à moça solteira manter conversa com homens. Nas escolas, os meninos sentam em bancos separados das meninas. Segundo os árabes, "a mulher é uma flor tenra que precisa ser preservada". Por isso o uso do véu, que esconde os cabelos das mulheres. A mulher muçulmana casada, no Egito, não mostra seus cabelos a não ser para o marido e pessoas da família. Imagino a aberração que deve ser para o povo de lá um simples domingo de sol numa de nossas belas praias catarinenses.
  Aberração mesmo é a cultura de se divertir usando animais, aqui no Brasil existem vários exemplos: o abominável rodeio e as proibidas mas existentes farra do boi, assim como as rinhas de cães. Na Espanha havia a tradição da tourada que felizmente hoje é proibida mesmo sendo quase que um cartão de visita do país! No Timor Leste a Briga de Galo é sem dúvidas um esporte nacional, e mesmo na difícil situação em que vivem, os homens gastam muito dinheiro com apostas. Lá o homem cuida do galo como quem cuida do filho, povo doido esse do Timor Leste, sempre que alguém passa nas ruas, o povo timorense pergunta “para onde vai?” Com isso, todos sempre sabem onde todos estão, e isso independe se ele te conhece ou não.
  Grande parte dos indianos e marroquinos tem o hábito de comer com as mãos. Que tal comermos uma sopa de rato (quiçá com as mãos) e rezar para uma vaca? Já na Tailândia eles preferem os ratos assados na brasa, a Tailândia é o terceiro maior consumidor de carne de rato do mundo e existe até a profissão de caçador de ratos!
  Falando em prato exótico que tal um sanduíche de minhoca muito comum na Austrália e Nova Zelândia? 
  Mitos urbanos existem também por toda a parte, no Tibet, quando um casal tem dificuldades para engravidar, o marido e a esposa bebem a urina um do outro acreditando que isso trará fertilidade... Se você não curte urina que tal um vinho de sangue de cobra? Na cidade de Saigon, Vietnam  é muito comum nos restaurantes as pessoas tomarem sangue de cobra como vinho e é considerado algo chique! Assim como os mitos algumas vezes fazem sentido pelo contexto histórico, geológico, geográfico como por exemplo: os nórdicos tinham um deus para defende-los dos gigantes de gelo, alguns paladares estranhos tem a mesma “lógica”;  no Alasca o prato principal dos esquimós são focas, na Bolívia é comum carne seca de lhama (apesar de hoje ser um prato sofisticado), na África do Sul comem carne de zebra, crocodilo e impala e na Austrália carne de canguru pode ser facilmente encontrada nos açougues, porém alguns hábitos, eu realmente não vejo sentido, como o dos Coreanos comerem cachorro e no Azerbaidjão comerem pênis de carneiro recheado com verduras! 
Não sei de onde surgem certas culturas, e muito menos exatamente de onde vêem tantos mitos e como exatamente eles são criados, sei que muitos foram criados para explicar o que não podia ser explicado outrora pela lógica e pelo conhecimento cientifico, outros mitos e lendas foram criados por simples entretenimento, como as histórias de vampiros. Tem até os que foram espalhados por algum propósito como o popular mito da manga com leite ser fatal quando ingerido simultaneamente. Esse foi criado para evitar que os escravos tomassem o leite, ou comecem a manga, ou a melancia como é relatado em outras versões, enfim, uma coisa é fato: a suprema maioria das pessoas adora acreditar e detesta saber! Uma mentira agradável é sempre melhor recebida que uma verdade desagradável! Você que lê agora esse texto acredita em tudo o que foi escrito? Será que realmente existem todas essas culturas que relatei? Não posso estar apenas zoando, inventando fatos e relatando-os por pura diversão? Checar a fonte de tanta informação daria um trabalhão, né? Pois é...

(Cleiton Profeta 09/11/2012)