sexta-feira, 27 de junho de 2008

E o tempo passou, passou, passou...

Texto do espetáculo: Veja Você Mesmo

"Eu tento perceber porque o tempo

Nos remove desse instante do presente

que acontece sem descanso e apressado

a girar como a cabeça sem pescoço

e todo velho já foi moço ainda que não vá lembrar!"

Cleiton Profeta

terça-feira, 24 de junho de 2008

O Ciclo


A lua se esconde nas noites escuras
deixando sozinho e soturno o céu,
passando por onde moram as estrelas,
espelho noturno com o mais negro véu,
que cai no arrebol e clareia a retina
nascido do sol o azul da piscina;

Se esconde nas noites deixando eu sozinho,
passando as estrelas no espelho mais negro,
que cai da retina a gota cristalina;

Se esconde sozinho no espelho
que cai e reflete a menina que chora e termina,
agora acorda, levanta, e sai.

(cleiton profeta)

Texto do musical - "Alegoria do Sonho".

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Mais músicas no Palco MP3!!!

Postamos mais 3 músicas do CD "Cantos" de 2001.

Inferno (tema)

(Cleiton Profeta e Fábio Cabelo)
Violões e violões com ferro: Cleiton Profeta e Fábio Cabelo
Violino: Nilson Mira
Flautas e voz: Paulinho Dias


Tempestade
(Paulinho Dias)
Violões: Cleiton Profeta
Flautas, charango, percussão e voz: Paulinho Dias
Coro: Cleiton Profeta e Paulinho Dias


A Dama de Vestal
(Cleiton Profeta e Fábio Cabelo)
Violões: Cleiton Profeta e Fábio Cabelo
Violino: Nilson Mira
Voz: Priscila Castellar
Coro: Priscila Castellar, Luisa Castellar, Cleiton Profeta e Paulinho Dias.
Circus Musicalis

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Veja Você Mesmo - texto sobre a tecnologia.


“A TV matou a janela”, mas por trás dela ainda há um mundo sem paredes, ou pelo menos havia, pois este nunca mais foi visto...
Entre o vidro e o espelho há uma fina camada a mesma camada que separa a razão da loucura. Todos lembram, mas fingem fogem e mesmo se o mundo não esteve dentro de você, você esteve no mundo e ele girou cada vez mais rápido e cada vez mais cheio!
A tecnologia se tornou uma prisão de vidro, a vida cada vez maior, cada vez menos vivida. Antes éramos escravos, agora não somos nada. Programamos o cérebro para não mais pensar, criamos algo para pensar por nós. Nos empurramos, nos pisamos e rezamos! Resmungamos e choramos escondidos... e agora é proibido chorar, cantar não pode mais e quem ousa é ridículo! É piegas...
Elvis morreu. Cristo morreu. O sonho acabou e a poesia fugiu com medo...
Todos riram ignoraram, fizeram de conta que não sabiam, mas no fundo éramos cúmplices! Fechamos à porta e já não havia janelas. Ficamos doidos mesmo que outrora rimos da loucura. Retiramos todos os quadros, todos! Não podíamos lembrar que em outro tempo existiram janelas. Desligamos as máquinas e dormimos um longo sono, tão longo quanto o tempo.
Éramos como pulgas em um cão, multiplicando como ratos! Esquecemos que éramos usuários e não proprietários. O ego divino nos transformou em insetos em pragas!
Fomos expulsos e vagamos para o nada! Tínhamos tudo, mas queríamos mais! E mais ainda era pouco! E muito mais já não bastava!
Éramos muitos! Éramos todos! Éramos diferentes, mas iguais. Brigamos pela terra e ela nos engoliu, lutamos pelo espaço e ele sempre esteve em torno de nós. Esperamos ir para o céu e ele sempre foi aqui. (cleiton profeta)
Circus Musicalis