quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Proibir biografias é 'camuflar a história', diz Alceu Valença

O cantor e compositor Alceu Valença afirmou hoje que proibir a publicação de biografias se assemelha “a uma equivocada tentativa de tapar, calar, esconder e camuflar a história no nosso tempo e espaço”. O cantor se colocou também contra a ideia de que os biografados devem receber uma porcentagem da venda dos livros. “Isso me parece imoral. Falem mal, mas me paguem... é essa a premissa? Nem tudo pode se resumir ao vil metal.”
As declarações foram feitas em um texto distribuído pelo cantor à imprensa. Para ele, uma questão ética está no centro da discussão. "O assunto até parece démodé, mas deveria estar intrinsecamente no centro de diversas situações que vivemos hoje em dia. Inclusive, neste caso. Óbvio que o conceito é subjetivo e, até, utópico. No entanto, sem a sua prática, o desequilíbrio é evidente. Fala-se muito em biografias oportunistas, difamatórias, mas acredito que a grande maioria dos nossos autores estão bem distantes desse tipo de comportamento. Arrisco em dizer que cerceá-los seria uma equivocada tentativa de tapar, calar, esconder e camuflar a história no nosso tempo e espaço. Imaginem a necessidade de uma nova Comissão da Verdade daqui a uns 20 anos..."
Nos últimos dias, o surgimento de um grupo chamado Procure Saber, pilotado pela empresária Paula Lavigne e formado por músicos como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, trouxe o assunto de volta à pauta. Eles lutam contra a modificação no Código Civil, ou seja, defendem que continue sob vigilância qualquer tentativa de se biografar alguma personalidade sem prévia autorização. Para Valença, os biografados sempre terão direito a entrar na justiça se, de alguma forma, se sentirem prejudicados – e que esta opção é melhor do que a proibição prévia.
“Entramos em outro conceito, igualmente amplo, delicado e precioso: liberdade de expressão. Aliás, tão grandioso que deveria estar na frente de qualquer questão. O que é pior: a mordaça genérica ou a suposta difamação? Eficiência e celeridade processual são princípios que devemos reivindicar para garantia dos nossos direitos. Evitar a prática de livros ofensivos e meramente oportunistas através do Poder Judiciário é uma saída muito mais eficaz e coerente com os fundamentos democráticos”, escreveu.

O Estado de S. Paulo (09/10/2013)

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Ué? Não era proibido proibir?

Caetano VelosoChico BuarqueGilberto Gil e Djavan, se uniram ao monarca Roberto Carlos no coro contra as biografias não autorizadas no país. Tendo como porta voz a produtora Paula Lavigne - aquela que ligou para o ministro da cultura pedindo para que o projeto do Caetano pela Rouanet fosse aprovado - criaram a "Procure Saber", associação autoproclamada de defesa dos interesses da classe. Chega a ser risível a ironia na escolha do nome. A "Procure Saber" luta, exclusivamente, para impor restrições ao trabalho daqueles que desejam aumentar o conhecimento a respeito de personagens públicos relevantes (ou não).
Imagino que pra quem acredita na historinha da luta pela democracia da MPB milionária socialista, seja de enfiar o dedo no cu e ficar cheirando por 15 dias sem parar, ver que artistas censurados e críticos desse “modus operandi” típico das ditaduras pretendam, em plena democracia, tornar-se censores.
É lógico que uma biografia sempre irá trazer a tona alguns detalhes não muito agradáveis ao biografado. Se somente forem publicados livros autorizados, essa sessão pode ir para a prateleira dos contos de fadas.
E o argumento da proteção da honra e da privacidade tem como solução democrática o fato de que as partes atingidas por informações inverídicas recorram ao Judiciário para exigir indenização. A liberdade de expressão e do direito de acesso a informações, não pode ser cerrada por conta disso!

É fato que a trajetória de gente como Chico Buarque não é a que aprendemos "na escola". Uma coisa é a trajetória artística, discutível, relativa, supervalorizada ou não, mas com (alguns) grandes méritos. Outra, totalmente diferente, é uma mitificada luta pela democracia que nunca existiu!

Esses artistas na década de 60 não estavam lutando por democracia pocilga alguma, sempre foram esquerdistas e lutavam sim por um regime ditatorial comunista. A censura, que nos contos de fadas eles combatem, sempre fez parte da sua visão de mundo. Não mudaram bulhufas nesse aspecto.

Chega de censura!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

VARIEDADE
(latim varietas, -atis) 
s. f.
1. Qualidade do que é vário.
2. Estado de um corpo composto de partes variadas.
3. Multiplicidade.

4. Inconstância.
5. Diversidade.

6. Rock in Rio.


Normalmente leio coisas como: "A Globo cria aberrações musicais". Se referindo ao surgimento cada vez mais constante de Naldos e duplas mequetrefes que infestam a cultura de massa. Não que a expressão esteja totalmente errada, sendo que a Som Livre que é subsidiária da empresa plim plim no ápice da era das gravadoras deve ter injetado muito jabá em seus artistas e o primeiro que me vem a mente é a Xuxa. Sendo esse ápice fonográfico a segunda metade dos anos 80 e primeira dos anos 90, deveríamos pela lógica crucificar a Globo pelo sucesso - ou manutenção dele - de artistas como Tim Maia, Rita Lee, Lulu Santos, Cazuza (que pra quem não sabe é filho do João Araújo, fundador da citada gravadora), Luiz Melodia, Oswaldo Montenegro, Elis Regina, Djavan e Novos Baianos? Hoje o casting de artistas da Som Livre se restringe quase que totalmente ao mercado cristão/ evangélico. Mas eu quero chegar é na verdade que é muito mais simples, mas tão mal compreendida: A Globo apenas vende publicidade, seja em forma de comercial, seja na forma de falso jornalismo ou em espaço em programas de auditório. Então da mesma forma que o próximo hit infernal do verão que vai tocar insistentemente nos carros rebaixados dirigidos por carinhas de boné para trás aparece "do nada", Marias Ritas e Anas Carolinas seguem a mesma trilha sistemática. Não é uma teoria, não é segredo... apenas é assim que funciona. Fica sem graça quando se entende né? A visão romântica de uma carreira de sorte se desfaz... 

Para quem AINDA não sabe o que é "jabá" uma breve explicação: no inicio dos anos 40, executivos de gravadoras, como Leonard Chess (que você pode ver no maravilhoso filme Cadillac Records), começaram a oferecer suborno para convencerem radialistas a tocarem músicas de negros nas rádios. Ao serem tocadas nas rádios as músicas viravam sucessos imediatamente. Isso edificou todo o esquema do mercado fonográfico, esquema que logo migrou para toda a imprensa, programas de auditório, trilhas de novelas e tudo mais o que você puder imaginar. Portanto, caros amigos, sinto em dizer que quando sua banda favorita ganha um prêmio por ser a mais tocada ou coisa parecida, esse prêmio nada mais é que fruto de um bom jabá. Não é segredo, não é teoria, nunca foi feito de forma obscura, apenas - como a maioria das coisas do mundo - passa despercebida pela maioria das pessoas e, logicamente, essas pessoas que não percebem são as que mais consomem os produtos ditados pelo tal jabá.

E já que citei o Cazuza, vale lembrar que ele antes de gravar teve uma profissão que hoje é extinta (pelo menos no formato), ele assim como o Raul Seixas, o Roberto Menescal e vários outros, era o "produtor artístico". Essa função consistia em escolher não só quem gravaria o quê, mas também quem seria contratado pela gravadora, então aquela cena clássica do cara da gravadora escutando zilhares de K7's para lançar uma banda era algo bem habitual até o inicio dos anos 90, quando esses produtores foram sendo substituídos por burocratas, caras que viam que o contrato era mais importante que o artista e que o produto final (o disco). Poderia me estender, mas como sei que texto longo ninguém lê, foi pinçando o tema de forma homeopática, literalmente, pois não acredito que um dia o senso comum compreenderá o que lhes cerca...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O que realmente tem valor? Joshua Bell, um famoso violinista que certa vez parou no metrô de Washington e tocou por quase uma hora vários clássicos para os transeuntes. Praticamente ninguém parou para ouvir ele que arrecadou pouco mais que U$ 30. Nada anormal não fosse o fato dele ser um prodígio e estar tocando com um Stradivarius de 1713, avaliado em US$ 3,5 milhões o mesmo repertório que havia tocado 3 dias antes no Boston Symphony Hall lotado com ingressos mais baratos custando U$ 100,00...


Será que os quadros de Van Gogh e os poemas de Fernando Pessoa não expressavam seu valor artístico quando eles ainda eram vivos? Por qual motivo ninguém os deu valor? 


Marcel Duchamp colocou uma roda de bicicleta sobre um banco e usou uma privada e provou que arte pode ser qualquer coisa. 


O que vale mais? A capa ou o disco? Uma menina me falou que não iria a um show do Guns n' Roses afirmando que o Axl Rose "não canta mais", mostrei um carinha no Youtube que canta se não igual, muito parecido e perguntei: se colocar ele no lugar? Obviamente ela se recusou ainda mais. Insisti: Então não é realmente o áudio que é o problema e ela chegou então ao ponto: "é que não tem o Slash"... A resposta esperada... Perguntei novamente: Mas e se o Slash estiver bêbado e errar tudo, mesmo assim você vai? "Ah claro, com essa formação não perderia por nada..." definitivamente não é o áudio que importa. 


Porquê o disco do Huberto Gessinger vende menos quando não vem escrito "Engenheiros do Hawaii" na capa? O mesmo vale para os discos do Mick Hucknall quando não vem escrito Simply Red.


A Monalisa é a obra mais copiada e reproduzida de todos os tempos, é também o quadro mais caro, mesmo tendo zilhões iguais! 


Piero Manzoni ficou famoso por apresentar seu cocô e intitular como: "A Obra do Artista" ironizando o valor da arte. Nos anos 60 ele entalou seu excremento, enumerou e assinou em 90 latas, hoje uma dessas vale 120 mil euros! E o pior: há quem afirme que não há merda alguma (com perdão do trocadilho) na lata! Somente massa de gesso. Porém ninguém ainda ousou abrir, pois se aberta a lata perde seu valor... ou seja, você compra uma lata de merda por 120 mil euros, sem ao menos ter a certeza de que ela realmente contém merda dentro e se tentar descobrir tendo merda ou não ela perde o valor!


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dos méritos de Oscar Niemeyer o maior deles foi a longevidade! Foi mais de um século vivido durante a mais súbita mudança social, cultural, política e tecnológica da história! Arquiteto polêmico ajudou a projetar uma cidade em que ele mesmo jamais morou. Comunista não dividiu sua fortuna com os trabalhadores que executavam seus projetos. Porém viu nascer e morrer dois Papas, coexistiu com as duas 
guerras mundiais e viu o primeiro campeonato brasileiro de futebol. Oscar nasceu antes do Óscar e antes de Hollywood! Nasceu antes do samba! Tinha 28 anos quando Elvis nasceu e 70 quando ele morreu. Em sua infância não havia democracia, pizzaria, restaurante japonês, lápis de cor, televisão, rádio a pilha, rádio FM, supermercado, semáforo, fita cassete, Cristo Redentor, fone de ouvido, código de barras, liquidificador, garrafa pet, chuveiro elétrico, não havia sequer pasta de dente e o estado de Roraima! Nasceu antes do aço inox, do acrílico, do isopor, do nylon e do neon! Ele viu Plutão ser descoberto e depois ser "rebaixado." Viu também o cometa Halley passar duas vezes! Viveu num tempo em que tirar a roupa era diferente, não existiam os sutiãs, zíperes, velcros e biquínis... Diferente do que alguns piadistas dizem ele não coexistiu com a Arca de Noé (nem ele nem ninguém), mas ele coexistiu com o Titanic! Já tinha 29 anos quando o primeiro aeroporto do Brasil foi inaugurado, 47 quando Tolkien publicou "O Senhor dos Anéis"!! Tinha 61 anos quando o homem chegou à Lua. Sobreviveu a dezenas de pseudos fins do mundo, mas para ele o mundo de fato acabou em 2012.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Cultura...


  A cultura de um povo é formada por uma série de invenções, delírios, costumes e tradições que para esse povo são sólidas e verdadeiras, por mais absurdas que possam parecer!
  Em que ano estamos? Um Chinês diria: "ano 4710". Você ama sua esposa? Um Sheik Árabe responderia: "amo todas as 27 esposas que tenho!" Confusão seria para ele se a lei árabe fosse como a de Hong Kong, pois lá uma mulher traída pode legalmente matar seu marido adúltero, mas deve fazê-lo apenas com suas mãos. Em contrapartida, a mulher adúltera pode ser morta de qualquer outra maneira pelo marido. Como a ideia da liberdade da mulher é algo historicamente recente é comum vermos muito machismo nas culturas, no cristianismo não existe mais a necessidade da virgindade e o vestido branco perdeu o sentido original, porém, na cultura cigana a virgindade é imprescindível, ciganos têm uma moral conservadora e casam-se cedo, muitas vezes em acordos firmados entre famílias, nenhuma mulher pode sequer mostrar as pernas, daí a imposição das saias compridas e rodadas. Falando em virgindade, no Guam: há homens cujo emprego em tempo integral é viajar pelo país e deflorar virgens, que os pagam pelo privilégio de ter sexo pela primeira vez. Isso porque pelas leis de lá, é proibido virgens se casarem. Não faz muito tempo no Afeganistão era permitido jogar pedras publicamente em mulheres que tenham tido sexo fora do casamento... Casamento inclusive é uma das invenções que nunca deram certo em cultura alguma! Aqui no Brasil que possui a herança cristã da monogamia (e da hipocrisia), primordialmente a esposa era propriedade do marido, por isso ela é quem muda o sobrenome, ela então ficava em casa cuidando do lar e dos filhos e os maridos podiam farrear com prostitutas a vontade, mulher desquitada era como puta! Seguindo o padre que dizia que o que deus une o homem não separa o divórcio era um tabu maior que o aborto e a pena de morte são hoje em dia! Porém agora, ao menos por aqui, as mulheres conquistaram sua liberdade e a cada ano o número de divórcios aumenta e a média dos casamentos duram menos, e a sociedade e a igreja é claro, acabaram se adaptando. No tempo da minha avó já haviam casamentos de viúvas (mesmo que raros), porém nem ousavam usar um vestido branco... 
Mudar e usar a natureza sempre fez parte da cultura dos povos, por isso seres humanos que são poligâmicos por natureza, forçam uma monogamia e hoje é comum convidar para o aniversário o ex-marido da ex-esposa que hoje está casada com o ex-cunhado do ex-namorado da ex... bom, acho que deu pra entender! Enquanto isso no Zimbábue um marido ameaçou se divorciar da mulher que havia comido o peito e a coxa de um frango, pois a tradição diz que as mulheres devem deixar para os homens a partes "nobres" da ave. Já no Líbano os homens podem legalmente ter relações sexuais com animais, desde que sejam fêmeas. Se tiver relações sexuais com machos são punidos com a morte, por isso é muito importante desde cedo aprender a reconhecer o sexo dos animais, a diferença entre uma cabra e um bode, entre um galo e uma galinha... Enquanto essa suruba zoofilista é permitida no Líbano, no Egito a TV não mostra sequer um beijo, pois em público os beijos entre casais são severamente proibidos. Porém, enquanto é proibido o beijo entre casais, para não despertar "imaginações impuras", é comum o beijo entre os homens: três beijinhos na face, às vezes bem molhados... Mas esses beijos entre os homens não chegam a causar a mesma estranheza no Ocidente como aqueles beijos na boca de antigos figurões soviéticos.
  As moças egípcias, em princípio, casam virgens. Não é permitido à moça solteira manter conversa com homens. Nas escolas, os meninos sentam em bancos separados das meninas. Segundo os árabes, "a mulher é uma flor tenra que precisa ser preservada". Por isso o uso do véu, que esconde os cabelos das mulheres. A mulher muçulmana casada, no Egito, não mostra seus cabelos a não ser para o marido e pessoas da família. Imagino a aberração que deve ser para o povo de lá um simples domingo de sol numa de nossas belas praias catarinenses.
  Aberração mesmo é a cultura de se divertir usando animais, aqui no Brasil existem vários exemplos: o abominável rodeio e as proibidas mas existentes farra do boi, assim como as rinhas de cães. Na Espanha havia a tradição da tourada que felizmente hoje é proibida mesmo sendo quase que um cartão de visita do país! No Timor Leste a Briga de Galo é sem dúvidas um esporte nacional, e mesmo na difícil situação em que vivem, os homens gastam muito dinheiro com apostas. Lá o homem cuida do galo como quem cuida do filho, povo doido esse do Timor Leste, sempre que alguém passa nas ruas, o povo timorense pergunta “para onde vai?” Com isso, todos sempre sabem onde todos estão, e isso independe se ele te conhece ou não.
  Grande parte dos indianos e marroquinos tem o hábito de comer com as mãos. Que tal comermos uma sopa de rato (quiçá com as mãos) e rezar para uma vaca? Já na Tailândia eles preferem os ratos assados na brasa, a Tailândia é o terceiro maior consumidor de carne de rato do mundo e existe até a profissão de caçador de ratos!
  Falando em prato exótico que tal um sanduíche de minhoca muito comum na Austrália e Nova Zelândia? 
  Mitos urbanos existem também por toda a parte, no Tibet, quando um casal tem dificuldades para engravidar, o marido e a esposa bebem a urina um do outro acreditando que isso trará fertilidade... Se você não curte urina que tal um vinho de sangue de cobra? Na cidade de Saigon, Vietnam  é muito comum nos restaurantes as pessoas tomarem sangue de cobra como vinho e é considerado algo chique! Assim como os mitos algumas vezes fazem sentido pelo contexto histórico, geológico, geográfico como por exemplo: os nórdicos tinham um deus para defende-los dos gigantes de gelo, alguns paladares estranhos tem a mesma “lógica”;  no Alasca o prato principal dos esquimós são focas, na Bolívia é comum carne seca de lhama (apesar de hoje ser um prato sofisticado), na África do Sul comem carne de zebra, crocodilo e impala e na Austrália carne de canguru pode ser facilmente encontrada nos açougues, porém alguns hábitos, eu realmente não vejo sentido, como o dos Coreanos comerem cachorro e no Azerbaidjão comerem pênis de carneiro recheado com verduras! 
Não sei de onde surgem certas culturas, e muito menos exatamente de onde vêem tantos mitos e como exatamente eles são criados, sei que muitos foram criados para explicar o que não podia ser explicado outrora pela lógica e pelo conhecimento cientifico, outros mitos e lendas foram criados por simples entretenimento, como as histórias de vampiros. Tem até os que foram espalhados por algum propósito como o popular mito da manga com leite ser fatal quando ingerido simultaneamente. Esse foi criado para evitar que os escravos tomassem o leite, ou comecem a manga, ou a melancia como é relatado em outras versões, enfim, uma coisa é fato: a suprema maioria das pessoas adora acreditar e detesta saber! Uma mentira agradável é sempre melhor recebida que uma verdade desagradável! Você que lê agora esse texto acredita em tudo o que foi escrito? Será que realmente existem todas essas culturas que relatei? Não posso estar apenas zoando, inventando fatos e relatando-os por pura diversão? Checar a fonte de tanta informação daria um trabalhão, né? Pois é...

(Cleiton Profeta 09/11/2012)


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Raul com Maracatu!!


Gravado ao vivo no dia 24/08/2012 no Joinville Square Garten
Participação especial: Grupo Morro do Ouro


LOTERIA DA BABILÔNIA
(Raul Seixas)
*texto de Oswaldo Montenegro


Vai! Vai! Vai!
E grita ao mundo
Que você está certo
Você aprendeu tudo
Enquanto estava mudo
Agora é necessário
Gritar e cantar Rock
E demonstrar o teorema da vida
E os macetes do xadrez
Do xadrez!...

Você tem as respostas
Das perguntas
Resolveu as equações
Que não sabia
E já não tem mais nada
O que fazer a não ser
Verdades e verdades
Mais verdades e verdades
Para me dizer
A declarar!...

Tudo o que tinha
Que ser chorado
Já foi chorado
Você já cumpriu
Os doze trabalhos
Reescreveu livros
Dos séculos passados
Assinou duplicatas
Inventou baralhos...

Passeou de dia
E dormiu de noite
Consertou vitrolas
Para ouvir música
Sabe trechos da Bíblia de cor
Sabe receitas mágicas de amor...

Conhece em Marte
Um amigo antigo lavrador
Que te ensinou a ter
Do bom e do melhor
Do melhor!...

Mas o que você
Não sabe por inteiro
É como ganhar dinheiro
Mas isso é fácil
E você não vai parar
Você não tem perguntas
Prá fazer
Porque só tem verdades
Prá dizer
A declarar!...

"Dizia Erasmo de Rotterdan
Que o pai da loucura é Platão
A mãe dela é a juventude
E dizem que teve um irmão
Que batizou enstusiasmo
E mora no Maracanã
Passeia em casais abraçados
E dorme no colo de Yansã
A natureza não precisa de arte
O amor não precisa do poeta
Às vezes, é o porto que parte
E é o alvo que procura a seta
Talvez seja filosofia
Talvez seja falta de assunto
Mas não há quem dirá (quem diria)
A verdade só, só junto
Que junto a verdade aparece
E ser só metade é ser só
E só quem amou sabe disso
Gigante olha a pedra e vê pó"


Voz: Cleiton Profeta
Violão: Fábio Cabelo
Baixo: Vagner Magalhães
Guitarra: Vitor Roberto
Bateria: Rafael Vieira
Lata: Cleiton Profeta e Fábio Cabelo
Maracatu: Grupo Morro do Ouro

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O Diário do Hippie/ Um Bilhete Pra Didi (Ao Vivo no Square Garten)



Gravado ao vivo no dia 24/08/2012 no Joinville Square Garten

O DIÁRIO DO HIPPIE/
(Cleiton Profeta)
*texto de Oswaldo Montenegro

"O meu nome é João da Serra 
e ói que vim lá do nordeste 
vim correndo pra essas terras 
vim fugido do agreste 
vim de coração aberto 
com esperança no sudeste 
quando fui chegando perto: 
"sai daqui cabra da peste" 

Eu não entendo como pode tanto estado 
nesse estado estupefato da federação 
De trampo em trampo eu subi caatinga na cantiga
com um pé na frente e no bolso a mão 

A outra mão eu abanei pro moço 
que eu ouvia na televisão 
era "Velos..." a favor do vendo 
com o lenço e o documento 
e cinco dedos em cada mão 

Micróbio brabo é sangue ruim na veia 
comi galinha em dia de natal 
segunda-feira decretava feriado 
lado a lado, bajulado 
meu amigo é o carnaval 

Deu sete dias eu cheguei em casa 
assoviei contente ela sorriu 
curei ressaca com um café bem quente 
fui tocando em frente 
fé na tábua por esse Brasil... 


"Perdi minha cabeça ainda moço 
fui parar assim de repente 
no sertão de Mato Grosso
transformado em "capitá"
cheguei lá me deu um troço
tive vontade de voltar
mas aguentei e roí o osso
e até hoje eu não entendo
porque bom cabrito berra 
e eu não consegui berrar"

Na catequese quando eu mostrei os dentes
pra lembrar como se reza 
o padre disse: "eu era o cão"
mordi o osso, abanei o rabo
balancei pro Rex I'm not no cachorro não

I'm not no cachorro não
I'm not no cachorro não
I'm not no cachorro não
I'm not no cachorro não


Mil badulaques eu vendi na feira 
driblei Conurb, camelô e fiscal 
Marijuana, macramé, pulseira peruana 
Porcelana, bibelô, conhaque, frio, to mal 

Maluco doido, é beleza pura 
torresmo frito, macarrão com atum 
parti em dois, agora to sozinho 
ela ficou no ninho 
na volta vou fabricar mais um 

"Eu senti tristeza rara e fui bater no Paraná 
pois ninguém me olhou na cara e eu fugi também de lá 
fui pro Rio de Janeiro pra tomar banho de mar, 
acenei pra um companheiro e ele quis foi me assaltar 
eu aí franzi o centro: é melhor tomar cuidado, 
se eu lhe der tudo o que tenho vais ficar endividado... 
Ele disse: "vai te embora paraíba desgraçado, 
não suporto e boto fora, nordestino, preto e viado" 
Fui me embora pro serrado pra falar com o presidente 
ele tava ocupado, eu gritei que era urgente 
ele disse: "seu menino, o meu cargo é coisa quente 
eu também sou nordestino, mas não há chance pra gente" 
Pois voltei pra cá de novo, pois preciso trabalhar 
num prédio maravilhoso que dá gosto só de olhar 
com amor e sacrifício ponho o tijolo no lugar 
construindo um edifício onde eu nunca vou morar" 


Voz e violão: Vagner Magalhães
Violão: Cleiton Profeta
Baixo: Fábio Cabelo
Guitarra: Vitor Roberto
Bateria: Rafael Vieira
Locução: Oswaldo Montenegro

UM BILHETE PRA DIDI
(Jorginho Gomes)

instrumental

Violão: Cleiton Profeta
Violão: Fábio Cabelo
Baixo: Vagner Magalhães
Guitarra: Vitor Roberto
Bateria: Rafael Vieira

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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Profecias no Square Garten!



Gravado ao vivo no dia 24/08/2012 no Joinville Square Garten

PROFECIAS NO PAÍS DOS GUARDA-CHUVAS
(Cleiton Profeta e Vagner Magalhães)

Por entre transeuntes que se atropelam pelas ruas
Inúmeras são as formas de se ver o que se há
Não é o que parece e aparece a todo instante

Em gritos anunciados pelos tantos alto-falantes
Se informam a respeito do que possa parecer
Se ta frio ou ta calor, se vai chover!


Entre o artista e o analista de sistema eleitoral
do partido que propôs ideologia liberal
Para Tantos, Para Todos, para mim

Fica o barraco e o buraco que sabota a bota encharcada 
pela chuva que vem gota a gota derramada
e a galera de suor a se molhar acostumada

Príncipe vira sapo de lagoa e se a vida anda boa,
ainda pode ser melhor
Príncipe vira sapo de lagoa e se a vida anda boa,
ainda pode ser melhor

E nada muda no país das bicicletas
E nada muda no país das bicicletas
E nada muda no país das bicicletas

Voz: Vagner Magalhães
Violão: Cleiton Profeta
Guitarra: Vitor Roberto
Duocello: Fábio Cabelo
Bateria: Rafael Vieira

Vídeo e edição: Cleiton Profeta
Câmeras: Muriel Szym e Jamille Profeta

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